Moraes determina afastamento por 90 dias de Ibaneis Rocha, governador do DF

STF também determinou a desocupação em 24 horas das vias públicas ao redor de quartéis do Exército; ministro cita omissão das autoridades para o controle de vândalos em Brasília

BandNews FM

Alexandre de Moraes determina afastamento do governador do Distrito Federal.
Foto: reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou no fim da noite deste domingo (8) o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do cargo pelo prazo de 90 dias. O magistrado também determinou a desocupação, em 24 horas, de vias públicas dominadas por bolsonaristas.

As medidas ocorrem após atos terroristas em Brasília na tarde deste domingo, que terminou com a invasão e a depredação dos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

A Advocacia-Geral da União acionou o Supremo pedindo a responsabilização dos vândalos que praticaram atos antidemocráticos em Brasília.

Alexandre de Moraes ainda determinou a apreensão dos ônibus usados no transporte de golpistas ao Distrito Federal, a tomada de depoimento dos proprietários dos veículos e a apresentação dos contratos de fretamento dos coletivos.

O STF investiga não só aqueles que depredaram prédios públicos, mas também os financiadores dos atos golpistas.

Mais cedo, a AGU pediu a prisão do secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, por omissão no controle dos ataques terroristas na capital federal. O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro está de férias em Miami e foi exonerado hora após os atos de violência em Brasília.

Em um vídeo postados nas redes sociais, Ibaneis Rocha pediu desculpas ao presidente Lula pelo descontrole em Brasília e disse que estava na capital federal para restabelecer a ordem na área.

O presidente Lula determinou intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal e colocou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como o responsável pela área no território até o dia 31 de janeiro.

Cappelli disse que estava na rua coordenando as ações das polícias e afirmou que todos os responsáveis pelos atos violentos serão punidos. Até o fim da noite de domingo (8), cerca de 200 prisões tinham sido anunciadas.

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