O Tribunal Superior Eleitoral recebeu na manhã desta quarta (28), na sede da Corte em Brasília, representantes de partidos políticos e da sociedade civil organizada para explicar o funcionamento da sala de totalização dos votos no pleito. Os candidatos à presidência da República foram convidados, mas não compareceram. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não há sala “nem secreta e nem escura”.
Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, e correligionário do chefe do Executivo tem sustentado a existência de um sistema não transparente na apuração dos votos. A visita de agora busca acabar com desconfianças e dar um fim das teorias conspiratórias que se proliferam nas redes sociais.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, estiveram no local e conheceram todo o sistema. Aliados de Bolsonaro, ambos não deram entrevistas sobre a visita, mas questionado por um jornalista, o dirigente do partido de Jair Bolsonaro afirmou que “agora a sala era aberta”.
Ao final do encontro, Alexandre de Moraes, reafirmou que o processo eleitoral é auditável e transparente. Nesta semana, o ministro já recebeu representantes da comunidade internacional que vão atuar no monitoramento da eleição para afastar qualquer desconfiança de fraude no processo eleitoral.
A sala de totalização tem baias com computadores e acesso livre para as entidades fiscalizadoras. A equipe que trabalha no local não faz a totalização mecânica dos votos, mas monitora o funcionamento de um supercomputador responsável pelo processo. Os funcionários também são responsáveis por garantir a segurança do sistema criptografado utilizado para o envio dos votos dos Tribunais Regionais Eleitorais para o Superior Tribunal Federal.
O equipamento fica no Centro de Processamentos de Dados, sem qualquer tipo de interferência humana. Diversas teorias infundadas surgiram sobre o espaço nos últimos tempos.
Bolsonaro, sem qualquer tipo de provas, chegou a afirmar que a sala era secreta e que, segundo ele, meia dúzia de técnicos decidiam o resultado das eleições. A afirmação é falsa.
Entre as demais entidades fiscalizadoras, estiveram presentes a Ordem dos Advogados do Brasil e a Procuradoria Geral Eleitoral, além de representantes de partidos.