Moraes afirma que procedimentos durante eleição de 2022 foram legais

Jornal publicou que ministro usou TSE de modo informal para investigar bolsonaristas

Rádio BandNews FM

Moraes afirma que procedimentos durante eleição de 2022 foram legais
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Andressa Anholete/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta-feira (14), que os procedimentos para requerer informações nas investigações dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, foram totalmente legais.

A declaração de Moraes ocorreu durante sessão do plenário, um dia depois do jornal Folha de S.Paulo publicar uma matéria que acusa o ministro de utilizar o TSE de maneira informal para abastecer as investigações conduzidas por ele, enquanto ainda era presidente do órgão.

O ministro informou que as requisições se baseavam na preservação das provas dos inquéritos sobre a atuação de milícias digitais e disseminação de fake news.

Moraes também declarou que as notícias não preocupam o STF, não o preocupam e não preocupam o gabinete, com a justificativa de que todos os documentos oficiais reunidos para a investigação, tinham o acompanhamento da Procuradoria, e que seria “esquizofrênico” de sua parte se auto-oficiar para determinar a realização dos relatórios.

Durante a sessão, o ministro recebeu apoio de Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

Para o presidente do STF, as críticas recebidas por Moraes são uma "tempestade fictícia", e os dados solicitados pelo ministro eram de teor público, em referência a pessoas que são investigadas pela Corte.

Gilmar Mendes afirmou que não houve ilegalidades nas requisições e que as acusações feitas a Moraes são baseadas em críticas infundadas. “O que a reportagem coloca nada se aproxima dos métodos da Operação Lava-Jato, como querem fazer crer. Comparações desse jaez são irresponsáveis e sem a menor correlação fática”, comentou.

Mendes também declarou que essa comparação é uma tentativa desesperada de desacreditar o Supremo, em busca de fins obscuros relacionados a impunidade dos golpistas.

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