A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para apurar se houve abuso de autoridade por parte do vereador Rubinho Nunes em abrir uma CPI para investigar o padre Júlio Lancelotti.
O vereador é autor do requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para inicialmente investigar a ação de ONGs na região da “Cracolândia”, no Centro de São Paulo. Mudanças posteriores fizeram com que o padre Júlio fosse o principal alvo da investigação.
A investigação contra a criação da CPI foi requerida pela 4ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, que está vinculada ao Ministério Público de São Paulo.
O promotor Paulo Henrique Castex afirmou que seria necessário apresentar uma narrativa mais bem esclarecida antes da Câmara dos Vereadores abrir uma investigação com repercussão criminal.
A notícia de fato foi apresentada pelo Instituto Padre Ticão, que argumentou que a CPI foi criada para investigar uma pessoa específica sem qualquer indício de conduta criminosa.
Além disso, a denúncia afirma que Rubinho fez acusações junto à Arquidiocese de São Paulo e ao Vaticano, com o intuito de prejudicar o pároco e de acusá-lo de crimes sexuais contra um menor em uma videochamada.
A Arquidiocese arquivou a denúncia, afirmando que não havia provas suficientes contra Lancelotti.