O Tribunal Superior Eleitoral espera que o relatório das Forças Armadas não chancele totalmente o resultado da eleição. Os ministros da Corte Eleitoral esperam que os militares fiquem em cima do muro: não vão afirmar que houve fraude, mas também não vão descartar a possibilidade de problemas no sistema. As informações foram apuradas pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.
A expectativa é que o relatório seja utilizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para continuarem a contestar o resultado das eleições. Desde o dia 30 de outubro, o domingo do segundo turno, bolsonaristas radicais fazem atos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os ministros do TSE afirmam que o relatório das Forças Armadas não vai acabar com insinuações sobre o processo, mas também não deve gerar fatos novos para insuflar ainda mais os apoiadores de Bolsonaro.
Um dos aspectos que os militares devem apontam no relatório, segundo a colunista, é o baixo índice de participação de eleitores que aceitaram fazer o teste de integridade das urnas com o uso da biometria. No TSE, no entanto, já há o entendimento que o processo era voluntário e não havia como obrigar eleitores a participarem do teste sugerido pelos militares.
Na terça-feira (08), em coletiva em Brasília, o presidente do PL, o partido do presidente, disse que chefe do Executivo espera o resultado do relatório para acabar com as suspeições contra as urnas. Valdemar Costa Neto já disse concordar com o resultado, mas voltou a fazer menção ao relatório dos militares.
Enquanto as Forças Armadas não entregam o relatório, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Tribunal de Contas da União já atestaram a idoneidade do processo eleitoral e a competência e inviolabilidade das urnas eletrônicas. Ambas as instituições também participaram do processo de acompanhamento das eleições.