Ministros do Supremo Tribunal Federal monitoravam o ex-deputado federal Roberto Jefferson e não tinham uma unidade sobre o melhor momento para retomar a prisão do político. A colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apurou que a informação de que Jefferson mantinha um arsenal em casa tornou a prisão inevitável.
Réu no processo das milícias digitais e das fake news no Supremo, além de responder pelo crime de homofobia em outra ação e ser condenado no caso do Mensalão, Jefferson estava em prisão domiciliar e descumpriu ordem do STF que o proibia de dar entrevista e usar redes sociais.
Na sexta (21), Jefferson publicou um vídeo com xingamentos a ministra Cármen Lúcia. Ele resistiu à prisão, atirou contra agentes da Polícia Federal e foi detido novamente por tentativa de duplo homicídio. Os policiais federais atingidos foram ao hospital e passam bem.
Ministros da Suprema Corte temiam que o ex-deputado escalasse as ameaças contra a democracia e utilizasse da internet para convocar manifestações antidemocráticas na reta final da campanha.
A partir de terça-feira (25), a lei eleitoral não permite prisões de eleitores, salvo em flagrante. Por isso, alguns ministros defenderam a retomada da prisão imediatamente.