A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, informou durante a manhã desta quinta-feira (21) que a Polícia Federal produziu um documento em que sustenta que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, omite informações sobre o caso do planejamento de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda de acordo com a jornalista, a expectativa na Suprema Corte é de que o militar perca, de fato, os benefícios da delação premiada e volte para prisão.
De acordo com a PF, Cid "segue escondendo informações, não revela tudo que sabe, tenta proteger pessoas".
"Não dá para dizer que ele não sabia, estava tudo escrito nas falas dele e mensagens dele [apagadas de seu celular e recuperadas pela PF]. Ou ele, hoje, fala mais e mostra comprometimento com essa delação, ou ele volta para trás das grades", disse.
Mônica ainda conversou com integrantes do Supremo Tribunal Federal, que relataram que Cid não conseguiu evoluir na sua etapa como delator.
"Falam [ministros do Supremo] que Cid não conseguiu dar 'aquele passo' que um delator tem que dar. Tem que romper com o passado, superar o medo de falar de pessoas que conviveu a vida toda e planejou crimes. Cid ficou no meio do caminho, não foi para o 'outro lado da linha', tenta preservar pessoas", explicou.