O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta convencer que partidos aliados não apresentem emendas ao texto do novo arcabouço fiscal e quer uma força-tarefa para ver a proposta aprovada rapidamente. Assessores do petista contaram à colunista da BandNews FM Mônica Bergamo de que é preciso votar junto para mostrar a “força do governo”.
Nos últimos dias, Lula “enquadrou” integrantes do Partido dos Trabalhadores para que não sejam apresentas emendas para modificar o relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), responsável pela redação do Regime Financeiro Sustentável. O presidente quer fazer uma sinalização ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, idealizar do substituto do teto de gastos.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), no entanto, afirmou que não existe “ordem” para que a legenda não apresentasse mudanças no texto. Segundo o parlamentar, o apoio ao PT não é uma relação subordinação.
A jornalista apurou que Lula enviou recados por emissários para tentar “convencer” o PSOL. O presidente alega que um estremecimento da relação pode prejudicar um apoio ao nome de Guilherme Boulos para a Prefeitura de São Paulo, em 2024.
A tentativa é que os partidos aliados ao Planalto votem juntos.
Na votação sobre a urgência do projeto, PSOL e Rede votaram contra. Foram 367 votos a favor e 102 contrários.
A votação do texto final está marcada para a quarta-feira, dia 24 de maio.