BandNews FM

Mônica Bergamo: Lula quer Dilma na presidência do Banco dos Brics

Colunista da BandNews FM afirma que governo brasileiro trabalha pela renúncia do economista Marcos Troyjo e o anúncio da ex-presidente já em março para o cargo máximo na instituição

BandNews FM

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende indicar a ex-presidente Dilma Rousseff para assumir a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como banco do Brics (bloco de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A prioridade do petista é retirar o economista brasileiro Marcos Troyjo, indicado pela equipe do ex-ministro de Economia Paulo Guedes. As informações são da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.

Lula quer que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicie as conversas para finalizar a indicação e aprovação do nome da ex-presidente já para março deste ano, quando deve visitar a China.

O nome de Dilma é bem aceito pelos chineses e a ex-presidente tem boas relações com Vladimir Putin, de acordo com fontes ouvidas pela colunista da BandNews FM.

No entanto, existem obstáculos para a indicação. O atual presidente do NDB tem mandato até 2025. Há um processo de convencimento para a renúncia de Marcos Troyjo, que é um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Fernando Haddad já conversou em duas oportunidades com o atual presidente do banco.

Anteriormente, o economista era comentarista de uma rádio paulista e chamava o atual presidente de “presidiário” com críticas consideradas pesadas pelos aliados próximos de Lula.

Marcos Troyjo foi eleito por um colegiado formado pelos cinco países sócios do banco. Pela rotatividade definida pelo bloco, a indicação cabe ao Brasil. Antes, o presidente do banco era um indicado pela Índia.

Já existem conversas para que o economista assuma uma vaga na equipe de Tarcísio de Freitas, no governo de São Paulo.

A sede do Novo Banco de Desenvolvimento fica em Xangai, na China.

Desde que perdeu o mandado em um processo de impeachment, em 2016, Dilma Rousseff não ocupou mais cargos públicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende resgatar a visão da ex-presidente como uma gestora competente.

Cargos na Organização das Nações Unidas ou em uma embaixada brasileira também são opções para acomodar a petista, conforme apuração da colunista Mônica Bergamo.