Mônica Bergamo: Lula enfrenta dificuldades para indicar Zanin ao STF

Impasses políticos e resistências no Senado ao nome do advogado dificultam ao presidente impor um nome para o Supremo

BandNews FM

Mônica Bergamo: Lula enfrenta dificuldades para indicar Zanin ao STF
Mônica Bergamo: Lula enfrenta dificuldades para indicar Zanin ao STF
Ricardo Stuckert

A indicação do nome do advogado Cristiano Zanin para a cadeira vaga no Supremo Tribunal Federal encontra resistências no Senado Federal e, por isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu esperar um pouco mais para formalizar o nome do defensor para o lugar de Ricardo Lewandoeski. Informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apontam que o petista está decidido pela indicação de Zanin, mas quer esperar um ambiente mais amigável antes de sacramentar a escolha.

Nos bastidores, há ainda uma disputa em curso para que outros nomes sejam analisados para o lugar de Lewandowski. O jurista se aposentou em abril desde ano, antes mesmo de completar 75 anos, quando a aposentadoria seria compulsória.

Lula está atento as dificuldades enfrentadas nos últimos dias com a articulação política. Dois decretos assinados pelo petista alterando o marco legal do saneamento foram derrubados pelos deputados e agora há uma negociação para que o Senado mantenha as medidas.

Um ministro consultado pela colunista afirmou que “país vive um semiparlamentarismo”, com mais força do Congresso e o esvaziamento das prerrogativas que antes eram unicamente do ocupante do Palácio do Planalto.

Zanin defendeu Lula em processos da operação Lava Jato e conseguiu a anulação das sentenças do então juiz Sérgio Moro. Com isso, o petista retomou os direitos políticos e foi eleito para um terceiro mandato.

O interesse pela aprovação da nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos também ultrapassa a prioridade pela análise do nome de Zanin, segundo assessores consultados pela colunista da BandNews FM.

Outro ponto que desacelera a indicação é a possibilidade de o indicado aguardar muito tempo pela sabatina. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, David Alcolumbre, já sinalizou que não pretende agilizar o processo.