A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quinta-feira (7) o possível anúncio por parte do governo federal de realizar um corte de gastos. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, declarou que o anúncio pode acontecer ainda nesta quinta.
Segundo a jornalista, a demora em questão - já que o mercado financeiro pressiona o Planalto, o dólar passou a operar em alta e houve acréscimo recente nos juros - deve-se ao fato de que o mandatário ainda não definiu quais áreas serão mais afetadas.
Outro ponto destacado por Bergamo é a pressão que Lula pode sofrer de parlamentares, membros do mercado financeiro ou de setores da sociedade civil caso haja divulgação anterior ao anúncio.
"Informações que vão circulando do Palácio do Planalto e ao Partido dos Trabalhadores são a de que uma das medidas devem alterar os pisos de educação e saúde. Não necessariamente cortando gastos, mas fazendo com que o crescimento das despesas se enquadre nas regras do arcabouço fiscal", explicou.
Atualmente, os gastos de saúde e educação correspondem sempre a um percentual mínimo das receitas. Quando os ganhos aumentam, os gastos aumentam na mesma proporção, estão fora do arcabouço fiscal - que prevê um crescimento dos gastos abaixo do aumento de receitas.
"A ideia é colocar tudo dentro do arcabouço. [...] Há uma vontade de se colocar o crescimento do salário mínimo dentro dessa regra, que é bem mais polêmico", disse.