O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a “considerar a possibilidade” de indicar uma mulher para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte. Informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apontam que o petista já começou a levantar possíveis nomes.
O presidente tem sido pressionado por movimentos sociais e integrantes do próprio partido a indicar uma mulher para a vaga que será aberta em outubro. Caso um outro nome seja nomeado ao cargo, sobraria apenas a ministra Cármen Lúcia entre 10 homens.
Até então, Lula não considerava utilizar o gênero como um corte para a definição. O petista, no entanto, pretende indicar alguém que tenha proximidade com ele, para quem possa ligar quando decida discutir temas jurídicos. Segundo aliados, não há mulheres próximas ao presidente com este perfil.
No mês passado, o advogado Cristiano Zanin, que atuou na defesa do petista nos processos da Lava Jato, teve o nome aprovado pelo Senado Federal e assume em agosto a cadeira que pertencia ao ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado se aposentou em abril.
Entre aliados do petista, são cogitados os nomes da ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal Federal, e a desembargadora Simone Schreiber, do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro. As advogadas Cora Cavalcante e Flávia Rahal, críticas da Lava Jato e com serviços prestados a correligionários do PT, também são cogitadas.
De acordo com Mônica Bergamo, Lula ainda não bateu o martelo se seguirá o critério de gênero para a indicação, mas está mais inclinado a isso.
Sobre a participação da primeira-dama Janja da Silva nas conversas, a jornalista afirma que correligionários do presidente avaliam que a esposa do petista não tem atuado ou sugerido nomes.