O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu calibrar as críticas contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e nomes do mercado financeiro avaliam que a disputa entre ambos pressiona as taxas de juros.
Informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apontam que há uma tentativa de “bandeira branca” em ambos os lados e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se encontrar com o comandante da política monetária.
O Palácio do Planalto entende que uma disputa mais acirrada entre ambos teria um custo mais alto para o governo, segundo fontes da jornalista.
Lula tem criticado a elevada taxa básica de juros, que está em 13,75%. O presidente avalia que a Selic, nos patamares atuais, prejudica o crescimento do país.
Nesta terça-feira (7), em evento privado nos Estados Unidos, Roberto Campos Neto disse que quanto mais independente, melhor é o Banco Central.
O economista tem mandato até dezembro de 2024 e só poderia ser destituído do cargo com aprovação do Senado.
A queda de braço começou após a divulgação na semana passada da ata do Comitê de Política Monetária. O Copom indicou que os juros continuariam em elevação até novembro e havia uma crítica com um possível descontrole fiscal do governo.
No governo, existe a indicação que o próprio Roberto Campo Neto está disposto a distensionar a relação.
Haddad já enviou sinais para melhorar a relação quando elogiou a ata completa do Copom divulgada nesta terça (7). O ministro da Fazenda disse que o documento era mais sensato.