A equipe econômica do governo federal trabalha para viabilizar um pacote de auxílios para os afetados pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O valor proposto pelo Ministério da Fazenda totalizaria R$ 5 mil por família, segundo apurou a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo. A estimativa que o valor seja concedido a 100 mil famílias.
O pagamento seria único e em forma de vouchers, inicialmente para reconstrução e aquisição para reposição de perdas materiais, mas o valor do auxílio teria restrições para outros usos que os chefes ou as chefes de família julgarem necessários. A proposta espera o aval do presidente Lula para ser viabilizada e apresentada.
A jornalista pontua, porém, que os problemas de infraestrutura e a demanda crescente por eletrodomésticos, materiais de construção e outros bens básicos de consumo pode gerar a inflação do preço desses itens.
Para tentar evitar esse cenário, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin vai se reunir com representantes do setor industrial para fazer uma negociação. Em contato com Mônica, Alckmin disse que a indústria está bem sensível à catástrofe. A ideia é cobrar um preço "tabelado" de produtos com grande demanda em meio a perda total de bens e residências.
A ideia inicial era de oferecer linhas de crédito com juros baixos ou zero, mas na situação pela qual passam as pessoas do Rio Grande do Sul seria preciso um longo prazo para quitar esse montante. Por isso, foi proposta a opção de depositar os valores diretamente às famílias afetadas sem burocracia.
Bergamo vê aspectos semelhantes da situação do Rio Grande do Sul com a do Brasil durante a pandemia de Covid-19, onde as pessoas também receberam benefícios do governo para ajudar às pessoas que precisavam ficar confinadas e não podiam trabalhar ou ter outra forma de renda.