A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, analisou o impacto da Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (20), que prendeu quatro militares e um agente da PF suspeitos de planejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a jornalista, o governo federal está dividido sobre o papel das Forças Armadas na tentativa de golpe.
O ministro da Defesa, José Mucio, acredito que os supostos crimes apontados pela PF teriam sido cometidos "por um grupo isolado" e que "investigações são boas e tiram névoa de suspeita das Forças Armadas". Outros integrantes do governo Lula concordam com Mucio e afirmam que as Forças Armadas precisam ser "preservadas".
Mucio disse ainda que deseja que "todos os que tiveram participação seja responsabilizados e presos" Para ele, as investigações dão a "oportunidade de tirar a suspeição do CNPJ para estabelecer a responsabilidade no CPF".
No entanto, não são todas as alas do governo que pensam como o ministro da Defesa. Outros ministros acreditam que não é possível abrandar a atuação das Forças Armadas nos indícios de crimes revelados pela Operação Contragolpe.
"Uma parte do governo Lula acredita que uma parcela importante do Exército estava contaminada com ideias golpistas e de desrespeito à democracia, e acham que isso não pode ser escondido, tem de ser enfrentado e verbalizado inclusive pela ala legalista das Forças, que estão no comando agora", disse Mônica.