
O Instituto Butantan recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o registro definitivo da vacina contra a chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. As informações são da colunista da BandNews FM, Mônica Bergamo.
O imunizante foi desenvolvido pelo Butantan em parceira com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Com a aprovação, a vacina poderá ser aplicada na população acima dos 18 anos.
Nos Estados Unidos, o imunizante foi testado em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos e apresentou um bom perfil de segurança. Segundo os estudos, 98,9% dos participantes dos testes produziram anticorpos que neutralizaram o vírus.
Os resultados da vacina já foram publicados na revista científica The Lancet. O imunizante já havia recebido a aprovação da agência reguladora dos Estados Unidos e da União Europeia. Agora, é a primeira vacina autorizada contra a chikungunya no Brasil.
A Anvisa ainda precisa autorizar a produção do imunizante em larga escala e a comissão do Sistema Único de Saúde (SUS), que incorpora as vacinas ao programa, precisa aprovar a entrada do imunizante.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
A doença causa febre alta de início súbito, dores intensas nas articulações, além de sintomas como dor de cabeça, fadiga, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, inchaço nas articulações.
A chikungunya tem sintomas que podem ser debilitantes e persistir por semanas ou até meses após a constatação da doença. Foram mais de 267 mil casos de chikungunya no Brasil no ano passado.