Mônica Bergamo: Bolsonaro vai à PF para depoimento; advogados orientam silêncio

Ex-presidente vai à sede da Polícia Federal em Brasília para responder questionamentos sobre a Operação Venire, que apura a inserção falsa de dados de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde

BandNews FM

Mônica Bergamo: Bolsonaro vai à PF para depoimento; advogados orientam silêncio
Mônica Bergamo: Bolsonaro vai à PF prestar depoimento; advogados orientam silêncio
Foto: Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro vai à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar esclarecimentos sobre a Operação Venire. Em contato com a defesa do político, a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apurou que a orientação é para que ele se mantenha em silêncio.

Agentes estiveram na casa do ex-chefe do Executivo, em um condomínio de luxo na capital federal, e apreenderam o celular dele, da ex-primeira-dama, além de documentos.

Informações do advogado Paulo Cunha Bueno, o ex-presidente foi intimado a depor. A defesa afirma que não teve acesso aos autos processuais, por isso, a orientação é para o político não responda aos questionamentos. O defensor também alega que o movimento é parecido com uma condução coercitiva às avessas, por isso, a manutenção do silêncio.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Ao todo, são seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Brasília.

O atual secretário de governo de Duque de Caxias e ex-secretário de Saúde, João Carlos de Sousa Brecha, também foi detido pela Polícia Federal. O policial militar Max Guilherme, que atuou como segurança da Presidência, também foi preso.

O ex-presidente já tinha agendado um depoimento para esta quarta-feira (3), mas seria para responder questionamento sobre o caso das joias enviadas pelos Emirados Árabes Unidos para a família Bolsonaro.

A Controladoria-Geral da União já havia divulgado que investigava uma possível falsificação do cartão de vacinação do ex-presidente. O documento foi colocado em sigilo pelo antigo governo. A CGU tinha a intenção de retirar o sigilo, mas ainda apura forma de fazer isso.

Os agentes da PF deixaram a casa de Bolsonaro por volta das 9h20.

Quando os policiais chegaram, Jair Bolsonaro ligou para aliados e apoiadores, além de ter procurado os advogados que o assessoram. Um assessor do ex-presidente disse à colunista Mônica Bergamo que a operação estava “brincando com fogo”.