O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disparou telefones e buscou o apoio de aliados no momento em que a Polícia Federal cumpria mandado de busca e apreensão na casa dele nesta quarta-feira (3). Os agentes chegaram logo cedo no condomínio em que o político mora em Brasília.
A Operação Venire apura a atuação de uma associação criminosa que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os policiais cumprem seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, foi detido.
O entorno do ex-presidente foi pego de surpresa pela operação nesta manhã, de acordo com a avaliação de fontes da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo. O político estava dormindo no momento em que os agentes chegaram.
A jornalista conversou com auxiliares e com o advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, que está a caminho de Brasília. Bolsonaro buscou a defesa assim que os agentes anunciaram a operação.
Aliados do ex-chefe do Executivo ficaram irritados com a ação, já que avaliam que Jair Bolsonaro está colaborando com as autoridades em investigações já em curso, por isso, não haveria necessidade de realizar busca e apreensão neste momento.
Estava previsto para manhã desta quarta (03) um depoimento do ex-presidente da República à Polícia Federal em Brasília sobre o caso das joias da Arábia Saudita.
Um auxiliar chegou a afirmar: "estão brincando com fogo".
A colunista confirmou que documentos e aparelhos telefônicos foram apreendidos da casa de Jair Bolsonaro.