Nesta segunda-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro voltou a admitir que o “voto impresso auditável”, amplamente defendido por seu governo para integrar as próximas eleições presidenciais, dificilmente será aprovado.
A proposta tem sofrido grande resistência na comissão especial criada para debater o assunto na Câmara dos Deputados, até com a ameaça de derrubada do texto após articulação entre os presidentes de diversos partidos. A ideia é que o tema seja votado já em agosto, no retorno do recesso legislativo, evitando novo adiamento que possa prolongar a deliberação.
Em uma tentativa de não perder a proposta por inteiro, parlamentares que compõem a comissão, e que são favoráveis ao voto impresso, tentam uma espécie de “moeda de troca” que impeça o encerramento do assunto. Segundo informações da colunista da BandNews FM, Mônica Bergamo, há uma tentativa de persuadir deputados que se opõe ao projeto (ampla maioria da comissão especial) com a proposta de um adiamento na instauração do novo sistema eleitoral: em vez de 2022, o voto impresso passaria a valer apenas em 2024.
A jornalista destaca que, no entanto, a ideia não foi bem recebida pela oposição. “Eles destacaram que o problema não está na cronologia, mas no projeto como um todo, uma vez que acreditam nas urnas eletrônicas”.
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