O ministro Alexandre de Moraes negou na tarde desta sexta-feira (28) o pedido de Jair Bolsonaro para não depor presencialmente na Polícia Federal sobre inquérito que apura divulgação de informações sigilosas pelo presidente durante uma live.
Na última quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o presidente deveria prestar depoimento presencialmente hoje (28).
No entanto, no início desta tarde, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso no STF para que o presidente não fosse obrigado a comparecer ao depoimento. Alexandre de Moraes negou o recurso minutos depois.
O chefe do Executivo já havia solicitado que Moraes o dispensasse do depoimento, mas o magistrado negou a solicitação ainda em 2021 e ordenou que a oitiva fosse agendada até o dia 28 de janeiro. O presidente não marcou uma data para prestar esclarecimentos durante o período disponibilizado pelo magistrado e então teve o depoimento marcado à revelia.
Bolsonaro é acusado de ter divulgado informações sigilosas de um processo judicial que apurava supostas tentativas de invasão ao sistema da Justiça Eleitoral. O presidente usou o processo para reafirmar um discurso contra o voto eletrônico em uma transmissão na internet.