O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, deve comparecer à Câmara dos Deputados para esclarecer a compra do princípio ativo do Viagra pela Marinha. A princípio, a ida está marcada para 8 de junho.
Inicialmente, o pedido era de convocação - quando a autoridade é obrigada a comparecer - mas foi alterado para convite após uma longa negociação da base aliada com a diretoria da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
No mês passado, o Laboratório da Marinha firmou contrato com a empresa farmacêutica EMS para a compra de pouco mais de 11,2 milhões comprimidos do medicamento.
Um dos autores do pedido para a ida do ministro à Comissão, o deputado Vanderlei Macris defendeu a necessidade de mais transparência no contrato.
O contrato da Marinha com a empresa EMS também prevê a transferência de tecnologia do fabricante para as Forças Armadas.
O deputado Jorge Solla é coautor do requerimento de convocação, que depois foi transformado em convite, e considera a aquisição um escárnio com a saúde da população e uma desmoralização para as Forças Armadas.
Também foram incluídos outros assuntos para serem esclarecidos pelo ministro da Defesa, como a compra de 60 próteses penianas pelo Ministério, além da segurança do processo eleitoral brasileiro.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e sugeriu que a apuração dos votos seja feita paralelamente pelas Forças Armadas.