A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirma que a atenção ao povo Yanomami é uma das ações prioritário do governo federal no norte brasileiro e ressalta a necessidade de combater o garimpo ilegal na região.
Em entrevista à BandNews FM, ela destacou como “principal problema a ser combatido” a invasão das terras indígenas por garimpeiros ilegais.
“Houve uma evolução grande desde o antigo governo, nos dias de hoje acompanhamos de perto o povo Yanomami e temos parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), IBAMA, e com a Policia Federal (PF) que faz a fiscalização e retira os garimpeiros da região”, disse a ministra.
O refeitório com cozinha especializada para atender mais de 500 indígenas inaugurado na Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai), em maio, é uma das ações anunciadas pelo governo federal neste ano. A ministra afirma que já é possível ver uma melhora na desnutrição, mortalidade e saúde sanitária no local após as iniciativas e inspeções.
A terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise com o garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa. Atualmente, 3.278 hectares do território foram invadidos pela atividade ilegal. “Para resolver a questão da saúde, temos que primeiro combater os garimpeiros ilegais que estão lá dentro, trazer os olhos do povo para isso” conclui Guajajara.
Na visão da ministra, a visibilidade é umas das ações que faz diferença no dia a dia, e o exemplo disso é a qualificação para participação indígena na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), com previsão para ocorrer em novembro de 2025, na cidade de Belém, no Pará.
“É significativo a COP acontecer aqui no Brasil, e a presença de governantes na Amazônia pode facilitar o entendimento geral da importância do bioma para a estabilização das mudanças climáticas, e da situação dos indígenas”