O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve decidir nesta semana pela troca ou não da ministra do Turismo, Daniella Carneiro. A mudança na pasta é reivindicada pelo União Brasil, já que a parlamentar pediu desfiliação da legenda e está de mudança para o Republicanos.
No fim de semana, a ministra ganhou o apoio do Partido dos Trabalhadores para manter o cargo, mas as discussões para uma minirreforma ministerial continuam em Brasília.
O marido da ministra, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, deve conversar com Lula sobre o destino da esposa. Ambos foram importantes cabos eleitorais na Baixada Fluminense, região que teve maioria dos votos para Jair Bolsonaro. O casal também é uma ligação com o eleitorado evangélico, mas alinhados com o ex-presidente.
No União Brasil, o nome do deputado Celso Sabino é o mais cotado para a vaga. A mudança busca contemplar a ala do partido na Câmara dos Deputados na Esplanada dos Ministérios. Com isso, o Palácio do Planalto espera conquistar apoio da legenda em votações importantes na Casa. Sabino foi líder do governo Bolsonaro em 2020, quando ainda era filiado ao PSDB.
Mesmo com três ministérios ocupados, os deputados federais do partido resultante da fusão entre Democratas e PSL ainda resistem em aderir ao governo.
A substituição na Esplanada também é bem vista pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O diretório do PT no Rio de Janeiro divulgou uma nota no domingo (11) em apoio à Daniela e pediu a permanência da ministra no cargo. Segundo o comunicado, ela garante uma participação importante dos fluminenses na política federal: “A Ministra Daniela é uma parceira da construção política em nosso Estado, possui competência e capacidade de construção coletiva, uma parceria importante para a política Fluminense, sua permanência é a consolidação de um Estado do Rio de Janeiro forte e representado na equipe de ministros do presidente Lula”.