Ministra da Saúde ressalta alerta da febre oropuche para gestantes

Casos indicam risco de transmissão vertical, ou seja, passagem do vírus da mãe para bebê durante a gestação

BandNews FM

Casos da febre oropuche geram alerta para gestantes
Agência Brasil

Os casos da febre oropuche sobem principalmente na região Nordeste e geram um alerta com o risco da doença em gestantes.

A preocupação cresceu por se tratar de uma enfermidade viral e transmitida pelo inseto conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora.

Durante o programa "Bom dia, Ministro", nesta quarta-feira (17), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou o alerta da pasta para gestantes após o Instituto Evandro Chagas detectar anticorpos do vírus em quatro casos de microcefalia em recém-nascidos, além de um aborto.

Os casos indicam o risco de transmissão vertical, ou seja, a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação.

O Ministério da Saúde, porém, ainda não sabe explicar a relação entre a infecção com o óbito e malformações neurológicas.

Ainda durante o programa, a ministra foi questionada pela BandNews FM sobre as alterações feitas no Congresso no primeiro projeto de lei de regulamentação da reforma tributária, que levaram a uma redução maior da alíquota sobre medicamentos e à possibilidade de compensação de crédito de planos de saúde corporativos.

O texto, aprovado na Câmara, prevê que uma lista de 383 remédios terá isenção de impostos.

Alguns setores da saúde argumentam que, com o tempo, essa lista pode se tornar defasada e onerar mais quem busca por remédios recém-lançados no mercado.

Apesar da preocupação com o valor de medicamentos novos, a ministra da Saúde considera que as alterações no projeto foram um avanço e que o problema é uma questão no mundo todo.

Nísia citou a abertura de dois editais com foco em pesquisas e desenvolvimento de remédios no país que podem estimular o setor.

A chefe da Pasta também foi questionada sobre cidades que, apesar de estarem entre aquelas com maior incidência da dengue, não receberam doses da vacina até agora, como é o caso de Ipatinga, em Minas Gerais.

A ministra respondeu que não há influência política no direcionamento da imunização e que as escolhas foram feitas com análises dos dados de estados e municípios, considerando as idades dos infectados.

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