Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite deste domingo (07), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que recebeu com “esperança” a notícia do fim da Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde, na última sexta-feira (5), sobre a pandemia de covid-19.

De acordo com a ministra, “o momento indica uma transição do modo de emergência para um enfrentamento continuado” da doença. Nísia Trindade alertou ser necessário intensificar a vacinação para prevenir internações e mortes.

A ministra da Saúde lamentou os mais de 700 mil óbitos no Brasil e ressaltou que “muitas vidas poderiam ter sido salvas”, segundo ela, “se o governo anterior respeitasse a ciência”. Na opinião da socióloga, o combate à pandemia no governo de Jair Bolsonaro (PL) foi marcado por uma “política do descaso”.

Nísia Trindade falou sobre o papel central das vacinas para a redução das mortes e dos casos graves de covid-19 e agradeceu os profissionais da Saúde, os cientistas e os laboratórios, citando nominalmente o Instituto Butantan e a Fiocruz, da qual foi presidente, e a Anvisa, como órgão que validou os imunizantes. Outro agradecimento foi direcionado a governadores e prefeitos que “não se deixaram levar pelo negacionismo”.

A ministra aproveitou os quase seis minutos de fala também para defender o fortalecimento do Sistema Único de Saúde como forma de preparação para futuras epidemias. Sobre a pandemia de covid-19 e o negacionismo, pontou que é preciso “preservar essa memória para construir um futuro digno”.