O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, pediu que o governo brasileiro rompa relações comerciais com a Rússia para pressionar pelo fim do conflito na Europa.

De acordo com ele, isso mostraria uma maior pressão sobre o governo russo para que a violência no país se encerre, além de não impactar o comércio brasileiro com outros países.

Tkach pediu ainda que empresas nacionais sigam as estrangeiras, que já suspenderam a operação com o regime de Vladimir Putin. 

Ao todo, são 300 tanques que cercam a Ucrânia, dois mil civis já foram mortos e ataques russos atingiram escolas, hospitais e universidades. Além disso, já são 67 mil refugiados da Ucrânia, o que configuraria, para Anatoliy, um genocídio.

Por causa da guerra, o Brasil busca alternativas para suprir a necessidade de fertilizantes, que são importados justamente da Rússia.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que vai para o Canadá verificar se país consegue suprir aumento da demanda brasileira, e que já estuda um plano para mudar a dependência brasileira das importações do produto.

Segundo ela, a atual preocupação do governo é a safra de verão, pois, apesar do estoque disponível ser suficiente o impacto para o consumidor, uma possível escassez vai depender do tempo de guerra.

A expectativa é que esse plano para mudar a dependência brasileira no caso dos fertilizantes seja anunciado entre os dias 20 e 29 de março, através de uma ação que vai envolver oito ministérios, além da iniciativa privada.