Ministério Público denuncia Jairinho por torturar filho de ex-namorada

O político submeteu a criança de dois anos a sofrimento físico e mental

Jairinho é denunciado pelo Ministério Público por tortura de criança
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Ministério Público do Rio apresenta nova denúncia contra o vereador Jairinho e pede que a Justiça expeça um novo mandado de prisão preventiva contra ele. No pedido desta terça-feira (29), o político é acusado de torturar o filho de uma ex-namorada, a estudante Débora de Mello Saraiva. A denúncia foi apresentada pelo promotor Marcos Kac, que acompanha todos os desdobramentos do caso Henry.

Segundo o documento, o político agia com violência, impondo sofrimento físico e mental à criança, que na época tinha dois anos.

Jairinho era casado então com a dentista Ana Carolina Ferreira Netto e se encontrava com a amante, Débora, duas vezes na semana, em um apartamento comprado por ele em Jacarepaguá.

O vereador teria pisado na barriga do filho de Débora, colocado um papel na boca do menino e o ameaçado se engolisse. Durante a mesma madrugada, ele teria colocado um saco plástico na cabeça do menino e dado voltas de carro com ele pelo condomínio.

Também foi relatado no documento uma sessão de tortura com o filho de Débora que ao sair para passear com Jairinho num veículo teve hematomas causados nas bochechas e vômitos provocados. No mesmo dia a criança quebrou o fêmur ao cair de uma altura de 50 e 70 centímetros.

A criança foi levada ao hospital pela mãe e por Jairinho que alegou que o menino havia sofrido um acidente automobilístico.

Jairinho já está preso preventivamente pela morte do enteado, o pequeno Henry Borel, de 4 anos, em março deste ano. Se a Justiça aceitar a nova denúncia o vereador se tornará réu pela terceira vez - além da morte de Henry, ele também responde na Justiça pela agressão e tortura da filha de outra ex-namorada.

Jairinho pode perder o mandato de vereador nesta quarta-feira (30). A decisão vai ser votada em plenário aberto, após o Conselho de Ética da Câmara aprovar por unanimidade a continuidade a cassação, nesta segunda-feira (28). A decisão foi publicada no Diário Oficial da Casa. Para a cassação ser aprovada, é necessário que 2/3 dos vereadores, um total de 34, vote a favor da perda do mandato.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.