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Ministério dos Direitos Humanos pagou por viagem de "dama do tráfico" a Brasília

Governo ponderou que a passagem fez parte de evento nacional sem contato com os participantes

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Ministério dos Direitos Humanos recebeu Luciane Barbosa
Reprodução/Redes Sociais

O Ministério dos Direitos Humanos admitiu nesta quarta-feira (15) que pagou por passagens e diárias da chamada "dama do tráfico" do Amazonas em uma viagem a Brasília entre os dias 6 e 7 de novembro. O governo ponderou, no entanto, que o custeio não foi direcionado especificamente a Luciane Barbosa, e sim a participantes de um evento nacional.

Em nota, a pasta informou que os recursos fazem parte do orçamento do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, que é composto por comitês estaduais. A cerimônia foi organizada pelo Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, criado em agosto de 2013, e recebeu 70 pessoas de todo o país.

Segundo o governo federal, o Comitê Estadual do Amazonas indicou três pessoas como representantes regionais no evento, incluindo Luciane Barbosa. "Esses órgãos são colegiados e compostos por representantes do Estado e da sociedade civil. Possuem rubrica orçamentária própria e autonomia administrativa", diz a nota.

O Ministério dos Direitos Humanos afirmou, ainda, que nem o ministro Silvio Almeida, nem qualquer outra pessoa do gabinete teve contato com a indicada. "Vale ressaltar que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é composto por 11 colegiados que, assim como os comitês de combate à tortura, tem autonomia administrativa e orçamentária", esclarece o comunicado.

A situação foi exposta após a descoberta de que Luciane Barbosa, que é casada há 11 anos com o líder do Comando Vermelho no Amazonas, participou de encontros no Ministério da Justiça. O ministro Flávio Dino vem falando a público que não se reuniu com a mulher, e recebeu apoio do presidente Lula.

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