Doses de reforço de vacinas contra a Covid-19 oferecidas no Brasil devem ser enviadas aos Estados a partir do dia 15 de setembro para aplicação em idosos com mais de 70 anos e pessoas com baixa imunidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, devem ser usados preferencialmente os imunizantes da Pfizer, mas também poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e Janssen.
O uso do reforço com a Coronavac ainda depende de um estudo encomendado pelo ministério.
O reforço com as doses da Pfizer, Astrazeneca e Janssen vale para quem tomou qualquer vacina usada na campanha de vacinação.
A dose de reforço é indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses.
No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a segunda dose.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que a circulação comunitária da variante Delta do coronavírus levou a Pasta a tomar a decisão.
Com a redução do intervalo de aplicação das doses das vacinas da Pfizer e AstraZeneca, o Ministério da Saúde espera que toda a população adulta do País esteja vacinada contra a Covid-19 até o final de outubro.
O intervalo passará de 12 semanas para 8 semanas.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que para que o calendário NÃO seja prejudicado as duas marcas podem ser combinadas, em caso de atraso na distribuição.
Marcelo Queiroga também afirmou que em breve a vacina Coronavac também pode ter incluída uma terceira dose no calendário vacinal.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quer unificar os calendários de vacinação contra a Covid-19.
Segundo ele, é necessário defender a "soberania" do Programa Nacional de Imunização.
Queiroga alertou que Estados e municípios devem seguir as orientações do Ministério da Saúde para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia.
O ministro da Saúde quer que os Estados mais adiantados na vacinação aguardem os mais atrasados.
Segundo o ministério, as decisões foram tomadas em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19.
Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a dose de reforço em "caráter experimental", para idosos acima de 80 anos e pessoas com a imunidade comprometida que tomaram a vacina CoronaVac.
O governo de São Paulo ignorou a recomendação do Ministério da Saúde e afirma que irá aplicar a Coronavac como dose de reforço.
De São Paulo, Narley Resende