O Ministério da Saúde afirmou nesta quinta-feira (7) que vai deixar de usar a CoronaVac na imunização contra a Covid-19 a partir do ano que vem.
À CPI da Pandemia, a pasta apontou dois fatores: o status de aprovação emergencial da vacina na Anvisa e a baixa efetividade em idosos com mais de 80 anos. Apenas a Pfizer e a AstraZeneca têm registro definitivo no Brasil. A vacina da Janssen, também comprada pelo Ministério, têm autorização de uso emergencial.
As informações repassadas aos senadores foram solicitadas pela CPI no dia 5 de outubro. A demora na resposta do memorando levou os integrantes do colegiado a convocarem pela terceira vez o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. O dia do depoimento ainda não foi agendado.
O Ministério da Saúde afirma que as ações do Sistema Único de Saúde são competência da União, estados e municípios, e a execução da vacinação depende de cada federativo.
Cerca de 207,8 milhões de doses de vacinas devem ser entregues ao Brasil até o fim do ano, de acordo com a Saúde e haveria uma sobra de 134,1 milhões de imunizantes para 2022.
O Butantan, responsável pela CoronaVac, afirmou que “uma pesquisa realizada com 60,5 milhões de brasileiros vacinados entre janeiro e junho de 2021 mostrou que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma efetividade superior a 70% para evitar casos graves, internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e mortes causadas por Covid-19, inclusive entre idosos.”
O Butantan ainda disse que já solicitou o registro definitivo da CoronaVac no Brasil, mas que a Anvisa pediu mudanças nas análises de imunogenicodade. O instituto afirmou que cumpre os trâmites para entregar os dados solicitados pela Agência de Vigilância Sanitária.