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Ministério da Justiça já recebeu 13 mil denúncias após ataques em Brasília

Segundo o ministro de Justiça, Flávio Dino, pouco mais de 200 prisões em flagrante foram realizadas durante atos golpistas

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Ministério da Justiça já recebeu 13 mil denúncias após ataques em Brasília Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O ministro de Justiça, Flávio Dino, fez um pronunciamento e concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (9) sobre os ataques do último domingo em Brasília. Segundo ele, 209 pessoas foram presas em flagrante e cerca de 1.200 foram levadas para serem ouvidas. Dino afirmou também que espera que todas sejam ouvidas até terça-feira (10).

A possibilidade de novas prisões não foi descartada. Flávio Dino afirmou que foi colocado à disposição um e-mail para que a população denuncie a participação de vândalos em Brasília. O endereço, denuncia@mj.gov.br, já recebeu 13 mil mensagens até o momento.

A Polícia Federal realizou perícias nos prédios do Poder Executivo, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal para atualizar os inquéritos e responsabilizar criminalmente os indivíduos. Caberá à Advocacia-Geral da União (AGU) cobrar as indenizações dos danos.

"Esses laudos periciais vão ser remetidos à AGU para que cobrem a indenização de quem perpetrou danos materiais – alguns irreparáveis – em relação aos edifícios-sede e aos patrimônios ali instalados", explicou o ministro.

Sobre a possibilidade de culpa do governo do Distrito Federal, Flávio Dino disse que não é possível falar se foi um erro ou crime. Dito isso, ele afirmou que a situação era "absolutamente evitável" se não fosse uma mudança de última hora no planejamento.

No momento, os detidos estão sob custódia da Polícia Federal. Após as oitivas, caberá ao Judiciário optar por pedidos de prisão. Dino falou ainda que não é possível confirmar quem financiou os atos golpistas, mas que o poder público já obteve acesso a dados dos responsáveis pelas contratações dos ônibus que transportaram os indivíduos.

O ministro da Justiça também agradeceu a ajuda de outros dez estados que enviaram contingente adicional de 500 homens para fortalecer a Força Nacional na capital federal.