Ministério da Defesa se manifesta após compra de 35 mil comprimidos de Viagra

Órgão afirma que medicamentos foram adquiridos para tratamentos de hipertensão

Rádio BandNews FM

O Exército vai receber cinco mil comprimidos, e a Aeronáutica, cerca de dois mil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Defesa se manifestou sobre a compra de mais de 35 mil comprimidos de Viagra, medicamento usado para disfunção erétil, que seriam utilizados pelas Forças Armadas.

Em nota, o órgão e a Marinha afirmaram que os medicamentos são usados em pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar, uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar.

A denúncia sobre a compra é do deputado federal Elias Vaz, do PSB de Goiás, que apresentou um requerimento pedindo explicações ao governo sobre esses processos de compra.

Ao todo, foram oito processos de compra aprovados desde 2020 para o medicamento Sildenafila, nome genérico para o Viagra, de 25 mg e 50 mg.

De acordo com o requerimento, a Marinha vai receber a maior quantidade desse total, com mais de 28 mil.

O Exército vai receber cinco mil comprimidos, e a Aeronáutica, cerca de dois mil.

No mesmo levantamento, a pasta também aprovou a compra de dois remédios para a calvície: Minoxidil e Finasterida.

No entanto, o gasto foi menor, cerca de dois mil reais.

Segundo a nota divulgada para a imprensa pela Marinha, a Hipertensão Arterial Pulmonar é uma doença grave e progressiva que pode levar à morte e a associação de remédios contra essa doença vem sendo pesquisada desde a década de 1990.

Na internet, o parlamentar escreveu que os medicamentos tiveram um reajuste no início do mês e, mesmo assim, o governo usa a verba para essa finalidade.

Elias escreveu ainda que, como os hospitais sofrem com a falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como é o caso da insulina, por exemplo, a compra de Viagra pelas Forças Armadas é 'um tapa na cara dos brasileiros'.

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