Militares e agente da PF são presos por suspeita de planejar golpe de Estado

Grupo criminoso também teria investigado a possibilidade de assassinar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin

Por João Pedro Melo

A Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira (19) a Operação Contragolpe. Os agentes miravam uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado contra a posse do presidente Lula.

Os criminosos queriam também restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva. Os alvos são: o General de Brigada Mário Fernandes, que está na reserva e foi assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello, além do Tenente Coronel Hélio Lima, do Major Rodrigo Azevedo, do Major Rafael Martins e o agente da PF Wladimir Soares. Os militares eram dos chamados “kids pretos”, grupo de especialistas das Forças Armadas.

A ação também cumpriu três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão.

A investigação identificou a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. O objetivo dos criminosos era matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.  

Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

Os crimes apurados nesta fase da investigação configuram, em tese, os delitos de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.