O presidente da Argentina, Javier Milei, recusou a entrada no Brics em carta enviada ao Brasil no último dia 22 de dezembro e que foi revelada nesta sexta-feira (29). No texto, Milei afirmou não considerar oportuna a adesão ao bloco dos países emergentes do qual fazem parte Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Caso aceitasse o convite, a adesão formal da Argentina ocorreria a partir do próximo dia 1º de janeiro.
Durante a campanha presidencial, Milei já tinha manifestado a intenção de não dar continuidade a adesão da Argentina ao grupo. Depois da posse, ele não havia mais mencionado o tema.
O novo presidente argentino já tinha mandado um ofício à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) com o compromisso de acelerar os processos necessários para incluir a Argentina no grupo.
A OCDE reúne as economias mais avançadas do planeta, sob a liderança dos Estados Unidos e da Europa, e decidiu aceitar as candidaturas de SEIS países no ano passado: Argentina, Brasil, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia.
O processo de adesão plena costuma levar de quatro a seis anos.
Fontes do Governo Brasileiro disseram que o posicionamento da Argentina foi recebido com "zero surpresa".
Em novembro, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, se encontrou com o chanceler brasileiro Mauro Vieira e indicou que o país não iria aderir ao bloco.