Com a greve das Forças de Segurança de Minas Gerais, influenciando paralisações de profissionais de outras categorias, o governador Romeu Zema participa nesta quarta-feira (23) de pelo menos quatro reuniões com os secretários de Estado.
Zema inclusive cancelou eventos que tinha em cidades do interior. A última categoria a sinalizar estado de greve é a dos servidores do Ipsemg, Instituto de Previdência de Minas, cujo sindicato aprovou uma paralisação para o dia 8 de março.
Eles afirmam que não houve reposição salarial desde 2013, quando foi feito um reajuste de 5%. Nesta terça-feira (22), servidores da Rede Minas, canal de TV estatal, também cruzaram os braços, alegando falta de recomposição dos vencimentos.
Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais anunciaram que entrarão em greve a partir de março.
Nesta quarta-feira (23), vai ocorrer uma reunião entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade e o SindTer, Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Transporte e Obras Públicas de Minas, para debater as possibilidades de reajuste salarial da categoria.
Houve também um encontro entre executivo estadual e o alto comando das Forças de Segurança, mas não foi revelado nenhum detalhe do que foi discutido.
Os servidores pedem que o governo aplique um reajuste de 41% nos salários. Uma primeira parcela, de 13%, foi aplicada em 2020.
Em nota, o governador Romeu Zema argumenta que aguarda a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para aplicar a recomposição da inflação sobre o salário de todas as categorias de servidores estaduais.