Os mexicanos vão às urnas neste domingo (02) para escolher quem vai comandar o país pelos próximos seis anos. Duas mulheres lideram a disputam. Caso as pesquisas se confirmem, pela primeira não será um homem a comandar a segunda maior economia da América Latina. O México é ainda o segundo país mais populoso da região, atrás apenas do Brasil em ambos os estratos. São 99 milhões de pessoas aptas a votar.
Embora obrigatório, não há punição para quem não comparecer nos locais de votação. Além da escolha do substituto de Andrés Manuel López Obrador, cerca de 20 mil cargos estão em disputa. Nove governadores, todas as vagas no Congresso e cargos de nível estadual e municipal também serão renovados pelos eleitores.
Esta é a maior eleição da história do México, e a preocupação com a segurança é uma constante na disputa. No último ano, quase 30 candidatos foram assassinados no país, segundo a imprensa local. A disputa entre cartéis de drogas impacta na votação em ao menos duas localidades no sul mexicano, na proximidade da fronteira com a Guatemala.
As urnas estarão abertas entre 8h e 18h, no horário local (das 11h às 21h, em Brasília).
A líder das pesquisas é a candidata do partido Morena, apadrinhada pelo atual presidente. Claudia Sheinbaum é ex-chefe de governo da Cidade do México e aparece com 55% nas pesquisas mais recentes. A senadora Xóchitl Gálvez, que representa a coligação dos partidos PAN-PRI-PRD, é a principal desafiante, com 35% das intenções de voto. Na sequência, aparece o representante do Movimento Cidadão. Jorge Álvarez Máynez.
A ascensão de mulheres na política mexicana é creditada a uma lei que exige a presença do gênero feminino nas chapas eleitorais. A regra local prevê que 40% das candidaturas sejam ocupadas por mulheres. O país tem a maior participação feminina no Parlamento.
A previsão é que os resultados sejam divulgados ainda neste domingo. Na imprensa local, o pleito é visto como um referendo do trabalho de AMLO. López Obrador tem cerca de 60% de aprovação, segundo pesquisa de abril, e é visto como um político que deu uma guinada populista nos últimos anos.
