Brasileira em Israel: "Meu marido estava armado no bunker, contra invasão terrorista"

Erica Krieger-Akerman disse que os bombardeios chacoalharam o abrigo e foram mais intensos que os ataques promovidos pelo Hammas; brasileira contou que a vida em Israel segue em "estado de guerra"

BandNews FM

A brasileira Erica Krieger-Akerman, que vive em Jerusalém, em Israel, e esteve na cidade durante os bombardeios promovidos pelo Irã nos últimos dias, conversou com a equipe de reportagem da BandNews FM durante a manhã desta quarta-feira (2).

Segundo a brasileira, os ataques promovidos pelo Hezbollah foram numa intensidade muito maior do que os ataques realizados pela população na Faixa de Gaza ou do grupo terrorista Hammas.

"A gente conseguia sentir tremer o abrigo. Foi surreal, uma coisa que jamais tinha passado na minha vida. Dessa vez foi muito mais intenso, mais assustador. Tinha crianças e idosos no abrigo e tentávamos um acalmar o outro. Minha filha chorou muito, a pequena via a irmã chorando e chorava também. Os barulhos eram fortes e sentiam aquela vibração", disse.

Erica também contou que seu marido, reservista do Exército de Israel, estava armado para evitar que um novo episódio de invasão terrorista em bunkers. No local, não há sinal de celular. Ou seja, não havia informações se os ataques que Israel sofreu eram apenas aéreos ou uma possível incursão terrestre terrorista.

"Era um grande medo. Meu marido é reservista e voltou para passar o ano novo judaico em casa. Meu marido e meu vizinho estavam com armas pesadas, protegendo a porta do bunker. Estavam próximos a porta para proteger, caso a porta fosse aberta por um terrorista", relatou.

Por fim, a brasileira também explicou que a população de Israel não vive em normalidade desde o dia 7 de outubro - data em que o Hamas realizou uma série de atentados coordenados.

"A gente está em estado de guerra. Coloco minhas filhas na escola, todo dia de manhã, e penso: 'Será que vai ter sirene hoje? Será que vão ter que correr ao abrigo sozinhas?'. O coração fica apertado. [...] É a incerteza do que vai ser o dia de hoje", pontuou.

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