Metrô usou cerca de 600 caminhões-pipa para drenar água da estação Jardim São Paulo

Estação da Linha 1-Azul ficou inundada durante as fortes chuvas da última sexta-feira (24); nesta manhã, local funcionava normalmente

Da redação

Estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do Metrô, durante limpeza após enchente
Willian Moreira/Ato Press/Estadão Conteúdo

O Metrô de São Paulo usou cerca de 600 caminhões-pipa para drenar toda a água da chuva que invadiu a estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul, na última sexta-feira (24). Em entrevista à BandNews FM, o gerente de manutenção do Metrô SP, Marco Aurélio Nogueira, detalhou a operação e os testes realizados durante o fim de semana para que as estações da Linha 1-Azul pudessem funcionar nesta segunda-feira (27).

Segundo Nogueira, no momento em que a chuva se intensificou e água começou a invadir a estação, as equipes do Metrô comunicaram a Sala de Supervisão Operacional (SSO), que desligou a energia via por segurança. Os trilhos energizados chegam até 750V de tensão.  

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram passageiros ilhados no corredor de saída da estação. A água invade o local violentamente e as pessoas se apoiam no corrimão e nas grades da estação.  

Nogueira diz que a situação da última sexta foi inédita devido ao desabamento de um muro entre a estação e a praça. 

"Lá em Jardim São Paulo a água sempre foi até a linha de bloqueio. O muro que faz divisa com a praça cedeu, a praça já estava como se fosse um lago, então a água desceu pela rampa com violência. A imagem é realmente impressionante."

Apesar da inundação, ninguém se feriu na estação. "Ali foi atípico. Tiramos de 550 a 600 caminhões-pipa da via. Como o muro estourou, o pessoal reforçou com chapas de aço e uma barreira de concreto. Ontem mesmo teve chuva de novo. Agora, a gente vai fazer a ação de contenção e melhorias na estrutura", disse o gerente de manutenção do Metrô.  

Segundo Nogueira, os equipamentos que foram danificados pela água já foram substituídos e, durante o sábado e o domingo, testes foram feitos em toda a parte elétrica da via. "Fizemos testes durante 5 horas com trens sem passageiros, o que chamamos de operação branca. Os sistemas estão preparados para receber água, mas não para ficarem submersos."

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