Governo manterá "olhar vigilante" contra a Meta, mas quer evitar ações drásticas

Empresa enviou respostas ao questionamentos da AGu faltando dez minutos para o fim do prazo dado

Por Túlio Amâncio

Governo manterá "olhar vigilante" contra a Meta, mas quer evitar ações drásticas
Meta
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo

O governo pretende manter um olhar vigilante, mas não vai tomar ações drásticas contra a Meta. A dona do Whatsapp, Facebook e Instagram respondeu o questionamento da Advocacia-geral da União sobre a sua mudança na política de checagem de fatos na última segunda-feira (13).

A empresa tinha até as 23h59 da última segunda para enviar a sua resposta. Ela chegou às 23h50, dez minutos antes do prazo estourar. 

No documento, a Meta informou que o sistema de “notas da comunidade”, que vai substituir o programa de checagem de fatos, será primeiro testado nos EUA, para depois ser espalhado para o resto do mundo. Por enquanto, a checagem segue no Brasil. 

Segundo fontes internas da AGU, a resposta da empresa esclareceu alguns pontos, mas “não tranquilizou”. A manifestação confirmou, por exemplo, que a política de conduta contra o discurso de ódio será mudada, dando mais liberdade de debate. Especialistas temem que isso abra margem para discursos que violem os direitos humanos. 

O Ministério da Justiça, o Ministério dos Direitos Humanos e a AGU farão na próxima semana uma audiência pública com especialistas para verificar o que pode ser recomendado para a Meta seguir as leis brasileiras. A reunião estava prevista para quinta (16), mas foi adiada para confirmar todos os participantes. 

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