O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral não poderá concorrer a cargos políticos, mesmo após deixar a cadeia, o que deve acontecer nesta segunda-feira (19). O político, que enfrenta outras condenações, vai seguir em prisão domiciliar.
Na última sexta-feira (16), a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para revogar o último mandado de prisão preventiva contra ele.
O voto decisivo pela soltura de Cabral foi do ministro Gilmar Mendes, que acompanhou os ministros André Mendonça e Ricardo Lewandowski. O relator do processo, ministro Edson Fachin, e o ministro Kássio Nunes Marques votaram contra.
Sérgio Cabral já foi condenado a mais de 425 anos de prisão e vai cumprir prisão domiciliar em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
Os processos que vão manter o ex-governador nesse regime são referentes à acusação de recebimento de propina do empresário Eike Batista e relativo à Operação Calicute, na qual Cabral foi denunciado por recebimento de 5% de propina em contratos de obras.
Em menos de um ano, a defesa de Sérgio Cabral conseguiu reverter os cinco mandados de prisão preventiva válidos contra o político.
Além da última decisão no STF, em novembro, a Justiça do Rio de Janeiro revogou outros dois mandados referentes ao pagamento de propina ao ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Soares Lopes.
Sérgio Cabral era o único réu da Operação Lavo Jato com mandado de prisão preventiva ainda válido. O ex-governador ficou mais de seis anos preso.
O STF vai notificar a Justiça Federal de Curitiba nesta segunda-feira (19) para que o alvará de soltura seja expedido. Em seguida, o documento segue para o Rio de Janeiro, onde será cumprido.