O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, comentou durante a manhã desta segunda-feira (29) sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga possíveis ações de espionagem realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos da diligência é o vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
De acordo com a Polícia Federal, o vereador carioca seria o idealizador de uma suposta "Abin paralela" e que, uma das missões repassadas de Carlos ao grupo seria provar uma hipotética ligação entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o PCC.
"Vejam a gravidade disso. Estavam tramando uma conspiração verdadeira para relacionar um ministro do Supremo, considerado o inimigo número um do bolsonarismo, com o PCC. É gravíssimo, dá para não realizar uma busca e apreensão com a notícia de que um governo federal contaria com um esquema de espionagem que tinha, entre outras atribuições, ligar, por meio de mentiras, um ministro do Supremo Tribunal Federal à principal organização criminosa brasileira?", questionou.
Megale ainda pontuou que é necessário saber os detalhes das ações da suposta ABIN paralela para, "no mínimo, saber se é real" as denúncias realizadas contra os envolvidos. "Se não estiver, tudo será devolvido e vida que segue, mas é obrigação da Polícia Federal em saber mais. Não dá para ficar por isso mesmo. Não há perseguição política nenhuma, as suspeitas são bem claras. Elas não brotaram do chão. Saíram da boca do próprio ex-presidente", considerou o jornalista.