Megale: Maduro já ordenou outros 'banhos de sangue' na Venezuela, é a realidade

Âncora da BandNews FM analisou as falas recentes do presidente da Venezuela, que condicionou os resultados da eleição presidencial venezuelana a um possível 'banho de sangue'

O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta terça-feira (23) as repercussões da fala do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que condicionou um possível 'banho de sangue' ao resultado das eleições presidenciais.

O último dia 17 de julho, Maduro declarou que o país poderá assistir a um 'banho de sangue' e uma 'guerra civil' caso o mandatário perca das eleições.  

"Em 28 de julho, se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo", declarou o político venezuelano.

Megale aproveitou para repercutir a entrevista que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, concedeu a GloboNews sobre o assunto. Amorim afirmou que "não é desejável" que esse tipo de declaração aconteça, embora o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressalte não acreditar que "ela se materialize".  

"E também, ele [Maduro] não colocou como um banho de sangue imediato. Não vou justificar, não. Acho que realmente é errado. Não se fala em sangue na época da eleição. Na eleição, você fala em voto, não fala em sangue. Mas eu tenho a impressão, sendo, digamos, talvez um pouco compreensivo, que ele estava se referindo a longo prazo. Luta de classes, coisas desse tipo. Coisa de que qualquer maneira, não deveria falar", declarou o assessor presidencial.

Para o âncora da BandNews FM, não se trata de uma fala contundente e esperada por um representante do governo brasileiro. "Até porque, banhos de sangue, no plural, já aconteceram outras vezes a mando do ditador da Venezuela. Isso não é retórica, é realidade. É disso que se trata", analisou.

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