O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, comentou durante a manhã desta quarta-feira (24) sobre as repercussões nas redes sociais a respeito do possível mandante da morte de Marielle Franco.
Na tarde da última terça-feira (23), o repórter da Band, Túlio Amancio, informou que o ex-policial militar Ronnie Lessa - que efetuou os disparos que assassinaram Marielle - delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Domingos Brazão, como o mandante do homicídio contra a ex-vereadora.
Com isso, vídeos e fotos passaram a viralizar nas redes sociais com imagens em que Brazão aparece em campanha a favor da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas também do conselheiro do TCE-RJ em campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Ontem, a gente viu nas redes sociais um movimento que é, francamente, ridículo, de ver em qual 'colo' o Brazão cairia. No colo da esquerda ou do Bolsonaro. Ele já apareceu fazendo campanha, na década passada, em campanha para Dilma Rousseff. Usando adesivo da Dilma no peito, ele também está ao lado de Eduardo Cunha. Depois surgiu um vídeo em que faz campanha para Jair Bolsonaro. As duas discussões são completamente vazias e estéreis", opinou Megale.
Segundo o jornalista, no vídeo em que Brazão aparece em campanha para a ex-mandatária petista também aparece Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e principal articulador para que o processo de impeachment da ex-presidente caminhasse na Casa Baixa do Legislativo. "Dá pra chamar o Eduardo Cunha de petista?", questiona Megale.
No outro vídeo em questão, que associa Brazão a Bolsonaro, o âncora diz não entender os motivos para se atrelar o assassinato de Marielle Franco ao ex-presidente. "Nem faz muito sentido, ele era deputado federal, já era pré-candidato a presidência. Por que mandar assassinar uma vereadora no Rio que nem conhecia? 'Mas ele tem um filho que é vereador no Rio'. Sim, mas Carlos Bolsonaro, quando da morte de Marielle, ele fez um texto sobre a morte de Marielle. Foi elegante, por incrível que pareça. Depois tirou, provavelmente a mando do pai", pontuou.
Por fim, o jornalista ressaltou que, antes de atrelar o possível assassino de Marielle Franco à esquerda ou à direita, é necessário "entender as entranhas da milícia, do tráfico de drogas e o que acontece hoje no Rio de Janeiro" no mundo do crime.