Megale: "Não caiam no papo de que Musk é um defensor da liberdade de expressão"

Âncora opinou sobre o embate entre o bilionário dono do X (antigo Twitter) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF; plataforma pode ser banida caso por não cumprir uma determinação da Corte

O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta sexta-feira (30) o embate entre o bilionário dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ontem, acabou o prazo estabelecido pelo magistrado para que a rede social pudesse determinar um representante legal para operar no país. A medida é questão obrigatória e prevista no Marco Civil da Internet para que qualquer empresa online possa operar no Brasil.

Para Megale, as ações de Musk fora do Brasil não indicam que o bilionário seja um defensor da liberdade de expressão, uma vez que o empresário cumpre ordens judiciais em países que abrigam governos que Musk considere parceiros.

"Não caiam nesse papo de que Elon Musk é um defensor da liberdade de expressão. Ele não é, ele já cumpriu ordens judiciais para cumprir ordens de tirar conteúdo do ar em países como a Índia, por exemplo. Governo a qual ele é simpático. Ele próprio já mandou retirar reportagens do X, matérias sobre ele. Ele não é um defensor intransigente da liberdade de expressão", pontuou.

"Musk comprou o Twitter, e o transformou em X, para fazer política. Para influenciar na política de países como Brasil, Bolívia, Índia, Estados Unidos. Ele está em campanha aberta a favor de Donald Trump, nos Estados Unidos. É legítimo, ele é um agente político. Mas que fique claro o que ele está fazendo", completou.

"Temos uma lei que prevê que empresas que operam no Brasil precisam ter um representante legal. Para quem você vai entregar uma intimação se você não tem um representante legal? É um escritório, uma sala. Um CPF ou um CNPJ, pronto. Está resolvida a questão. [...] Do Twitter, eu gosto. Acho uma belíssima plataforma. Mas temos uma lei, basta cumprir essa lei. Com qualquer empresa que opere no Brasil, fim de papo", finalizou.

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