A polícia do Haiti prendeu neste domingo (11) um médico suspeito de participar do planejamento do assassinato do presidente do país, Jovenel Moïse. Segundo o jornal New York Times, Charles Emmanuel Sanon é apontado como um dos mentores do assassinato e entrou no país caribenho no mês de junho, junto com colombianos responsáveis pela segurança do profissional de saúde que mora na Flórida.
As autoridades haitianas afirmam que ele chegou em um jato particular em Porto Príncipe e está a serviço de interesses estrangeiros.
Também neste domingo, chegaram ao país técnicos enviados pelos Estados Unidos para auxiliar nas investigações. O presidente Joe Biden ainda não decidiu se enviar tropas ao país, conforme pedido pelo primeiro-ministro Claude Joseph. Uma intervenção da ONU na área militar ainda precisa ser discutida. Tropas das Nações Unidas estiveram no Haiti entre 2004 e 2017.
O clima de instabilidade e a violência nas ruas do país preocupam os americanos, já que a incerteza no futuro pode levar a uma onda migratória em direção à Flórida. Cerca de um milhão de haitianos já vivem nos Estados Unidos.
Até o momento, a polícia haitiana afirma ter identificado 28 pessoas envolvidas no assassinato do presidente. 18 foram presas, sendo a maioria colombianos ex-militares no país sul-americano e que atuariam como mercenários. Dois americanos-haitianos também foram presos.