O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teria tentado vender um relógio de luxo concedido ao ex-presidente pela Arábia Saudita no dia 6 de junho de 2022. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (4).
O tenente-coronel negociou a peça da marca Rolex pelo valor de US$ 60 mil. O item foi dado de presente pelo governo saudita durante uma viagem da comitiva brasileira ao país em 2019.
A tentativa de venda foi identificada em um e-mail transcrito em um relatório e enviado para a CPMI dos atos de 8 de janeiro.
A troca de e-mails – em inglês – foi feita com uma assessora do Gabinete Adjunto de Informações de Jair Bolsonaro.
Em um momento da conversa, a assessora questiona quanto que Mauro Cid espera receber pelo relógio. “O mercado de Rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa”, escreveu.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que a intenção inicial era de vender a peça por U$ 60 mil, cerca de R$ 300 mil na cotação atual. Ele ainda diz que não tinha o certificado do relógio, “já que foi um presente recebido durante uma viagem oficial”.
Mauro Cid está preso desde maio e é alvo de uma investigação da Polícia Federal por supostamente participado de um esquema de fraude no cartão de vacina contra a Covid-19.