O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, será ouvido novamente pela Polícia Federal nesta segunda-feira (11).
O depoimento está marcado para a tarde e ocorre depois que o ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes, também prestou esclarecimentos e trouxe novos elementos para os investigadores.
Ao todo, nesta mesma série, foram colhidos 20 depoimentos sobre a tentativa de golpe de Estado supostamente praticada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelos aliados dele.
A oitiva é parte do acordo de colaboração premiada de Cid com o órgão policial e tem a ideia de esclarecer lacunas e tirar dúvidas sobre pontos específicos dos depoimentos das últimas semanas.
O advogado de Mauro Cid, o criminalista Cezar Bittencourt, afirmou que ele está tranquilo e que vai responder a todos os questionamentos.
Anteriormente, também em depoimento, o ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Júnior, confirmou que ocorreram reuniões para tratar de termos de uma minuta para um golpe de Estado.
O tema foi corroborado pelo ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes, que, em determinado, momento disse que não denunciou o esquema para ver até onde a possível atitude golpista iria.
Se Cid não responder às questões, ele poderá ser preso novamente de forma preventiva e fontes da PF dizem que ele não pode "dar causa" para um novo pedido de prisão.
Em outro ponto, o ex-ajudante de ordens já contou aos investigadores que Bolsonaro queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura de um eventual golpe.
O tenente-coronel tem dito aos defensores que trechos do depoimento foram encaixados em narrativas que os investigadores fazem para compor a narrativa de uma tentativa de golpe.
Ele chegou a dizer que não é traidor e que não disse que o presidente tramou um golpe, e que existiam propostas sobre o que fazer caso se comprovasse a fraude eleitoral, o que não se comprovou.