Áudios atribuídos ao tenente-coronel do Exército Mauro Cid dizem que o militar teria sido pressionado pela Polícia Federal a delatar coisas que ele não sabia.
O material foi divulgado nesta quarta-feira (21) pela revista Veja, que não explica como a gravação foi obtida e nem se foi periciada.
O registro teria sido realizado na semana passada.
Mauro Cid tem prestado depoimentos à Polícia Federal a respeito de possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do Governo e das Forças Armadas.
Segundo a publicação, o tenente-coronel tem dito que as declarações que ele vem prestando à PF tem sido distorcidas.
Numa conversa que teria sido gravada com um interlocutor, que não é nomeado pela revista, o tenente-coronel afirma que a Polícia Federal já tem uma narrativa pronta.
Em outro áudio o tenente-coronel Mauro Cid fala de um suposto encontro secreto de Jair Bolsonaro com Alexandre de Moraes, que não foi registrado nos depoimentos.
Em nota, a defesa de Mauro Cid disse que em nenhum momento o cliente coloca em xeque a independência de órgãos como a Polícia Federal ou o Supremo e aponta que os referidos áudios "parecem clandestinos", refletindo os momentos de angústia pessoal que Cid e a família têm vivido ultimamente.