Mauro Cid deve ser ouvido novamente pela PF nesta segunda (28)

Autoridades querem saber quem autorizou a venda de presentes recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro

Rádio BandNews FM

Mauro Cid deve ser ouvido novamente pela PF nesta segunda (28)
Mauro Cid deve ser ouvido mais uma vez pela PF
Foto: Alan Santos/ PR/Divulgação

O tenente-coronel Mauro Cid deve ser ouvido mais uma vez pela Policia Federal nesta segunda (28) depois de um longo depoimento realizado na última sexta-feira (25). 

A Polícia Federal quer saber quem autorizou a venda de presentes recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro e como foi feita a recompra e o retorno de alguns itens ao Brasil.

A PF também deve ouvir oito pessoas no inquérito que investiga a venda de joias nesta semana.

Os depoimentos vão acontecer de forma simultânea e em salas separadas para evitar que as testemunhas combinem versões.

Cid não pode ter contato com Bolsonaro, com a ex-primeira-dama Michelle e com os outros investigados.

A proibição veio do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e teve como base um relatório da Polícia Federal a partir da perícia feita no celular do tenente-coronel.

O ex-ajudante de ordens deve comparecer à PF na quinta-feira (31), quando ele e os outros intimados serão ouvidos.

Entre os depoentes estão: o general Lourena Cid, pai do tenente-coronel, Jair Bolsonaro, Michelle e o advogado da família Frederick Wassef.

Neste fim de semana, o ex-presidente esteve na Festa do Peão de Barretos, no interior de São Paulo, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O locutor do evento, Cuiabano Lima, ironizou o caso das joias ao fazer um trocadilho: “Nós é caipira, mas nós é jóia”, disse. 

Bolsonaro discursou durante a festa. Aos gritos de "mito", o ex-chefe do Executivo afirmou que "infelizmente" entregou o Brasil e ressaltou que não estava no local para fazer política.

Já em um evento do PL, em Pernambuco, Michelle Bolsonaro brincou com o caso e chegou a dizer que vai abrir uma "marca de joias". 

A ex-primeira-dama afirmou que a investigação é para "tirar o foco" de outros acontecimentos de Brasília e chamou quem questiona de "atrapalhado".