O tenente-coronel Mauro Cid saiu da cadeia neste sábado (09), depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, homologou a delação premiada e concedeu liberdade provisória ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por volta das 14h35, Cid deixou o Batalhão da Polícia do Exército, acompanhado do advogado.
Na decisão, Moraes determinou medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, o cancelamento do passaporte. Também, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo e a proibição do uso de redes sociais e de ter contato com outros investigados, com exceção da esposa, do pai e da filha mais velha. Além disso, o ministro ordenou o afastamento de Mauro Cid das funções militares.
Alexandre de Moraes justifica a concessão de liberdade, porque o ex-ajudante de ordens já foi ouvido e as diligências estão encerradas.
Mauro Cid estava preso no Batalhão do Exército de Brasília desde 3 de maio. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal que apura a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro. A delação vale para o inquérito das milícias digitais e da venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.